FATOS POLICIAIS

domingo, 5 de fevereiro de 2023

VANDA MARIA JACINTO

 



Eu sou Vanda Maria Jacinto, natural do interior do estado de São Paulo, na cidade de Auriflama. Sou filha de Antonio Anaya Rodrigues e Jandira Marques Rodrigues (falecidos), e a segunda filha de uma prole de dez. Ainda pequena, meus pais resolveram tentar a sorte na capital e, assim, de mala e cuia, chegamos na cidade grande. Sem profissão, meu pai atuou como servente de pedreiro por um longo tempo. E minha mãe como costureira de oficinas de confecções.

Como filha mais velha, ajudava a minha mãe nos serviços domésticos e nos arremates das costuras, além de frequentar o Grupo Escolar no turno intermediário, com intuito de estar livre, nos horários cruciais de uma casa, ou seja, manhãs e fins de tardes.

Sem condições de possuir uma casa própria, meus pais viviam se mudando de casa, de bairro e, às vezes, até de cidade, conforme o trabalho da empreitada. Motivo pelo qual, não consigo me lembrar, com nitidez, dos amigos dessa época. Foram muitos!

Faltando apenas três meses para a conclusão do 4º ano Primário – naquele tempo tínhamos formatura, meus pais mudaram novamente de município e, para que não houvesse interrupção nos meus estudos, fiquei na casa da minha madrinha de batismo. Não foi um tempo bom para mim, pois ficar longe dos meus irmãos e pais, foi um martírio! Mas, algo necessário.

Interrompi meus estudos nessa época. Na minha nova cidade, não tinha o Ginásio – hoje ensino do Primeiro Grau Maior. Assim, devido a pouca idade, fiquei impossibilitada de continuar os estudos, pois dependia de transporte para o deslocamento para outro bairro.

Quando nos mudamos, finalmente, deste local, já havia completado os meus quatorze anos e decidi trabalhar em detrimento dos estudos, já que os mimos da minha idade, não eram supridos pelo meu pai – naquele tempo, assalariado. Mesmo enfrentando os nãos, acabei convencendo-o.

Não tive grandes problemas na adolescência, pois o meu tempo era tomado de obrigações, quando não no trabalho, em casa. Sob uma educação rígida, não frequentei festas. Meu tempo livre, na verdade, era ocupado com os livros.

No ano de 1974, aos 22 anos, casei-me com o mossoroense, João Jacinto Neto que, casualmente, conheci-o dentro de um ônibus. Na época, ele morava por lá, pelas bandas de São Paulo. Temos três filhos: Kleber Jacinto, Kempes Jacinto e Katya Anaya Jacinto. No ano de 1977, vim conhecer a família dele, bem como, a famosa “cidade do sal” – Mossoró.

Adorei tudo e todos. A minha vontade já era de ficar para sempre, mas foi só em 1980, que viemos de vez. Morei antes em Natal, durante três anos, onde nasceu a minha filha caçula. Assim que cheguei em Natal, senti a necessidade de voltar aos estudos. Com muita garra, estudei sozinha, o supletivo de 1 Grau. Minha dificuldade se deu em História e Geografia do Estado. Não sabia nada a respeito, mas me saí bem!

Logo após, meu esposo veio transferido para Mossoró. Desta vez, não me afastei dos estudos, ao contrário, cursei o Magistério na Escola Estadual Jerônimo Rosado e, próximo ao seu término, em 1986, fiz um concurso público do Estado, passei em segundo lugar, comecei logo a trabalhar. No ano seguinte, submeti-me ao Vestibular, passei e cursei Pedagogia – Administração Escolar. Tempos depois, voltei aos estudos e fiz uma Especialização na área da Educação.

Faço parte de algumas Academias de Letras. Ocupo a cadeira 38, na ACJUS (Academia de Ciências Jurídicas e Sociais de Mossoró); a cadeira 33, na AMOL (Academia Mossoroense de Letras), a cadeira 01, na Academia Internacional da União Cultural/Mossoró, Membro da ASCRIM (Academia dos Escritores Mossoroenses), Sócia Correspondente da ALAM (Academia de Letras e Artes de Martins) e Membro do ICOP (Instituto Cultural do Oeste Potiguar).

Sou dona de casa, professora aposentada, escritora – rascunhadora do pensamento, poetiza e uma eterna aprendiz da vida.

FONTE – OESTE EM PAUTA

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